sábado, outubro 25, 2003
Uma fonte debaixo da chuva
"Não chorem insectos
Mesmo as estrelas que se amam
Têm que se separar
...
Chuva de verão -
Nu a cavalo
Num cavalo nu
Oh ganso selvagem
Com que idade fizeste
A primeira viagem?"
Mestre Issa Kobayashi
O céu de Évora, tão escuro e triste. Tanta beleza num só céu. A chuva, o frio, o vento sem direcção. Que sol nos protegerá?
As ruas escorrem, os seres escorrem. Um cão bondoso tem na cabeça a cicatriz de uma queimadura, protege-se debaixo das arcadas, já não do fogo mas da água.
Como se torma insignificante uma fonte debaixo de tanta chuva.
Esperam-se peixes nos cafés. Esperam-se relâmpagos e explosões de céu. Espera-se o mar no deserto.
Mesmo as estrelas que se amam
Têm que se separar
...
Chuva de verão -
Nu a cavalo
Num cavalo nu
Oh ganso selvagem
Com que idade fizeste
A primeira viagem?"
Mestre Issa Kobayashi
O céu de Évora, tão escuro e triste. Tanta beleza num só céu. A chuva, o frio, o vento sem direcção. Que sol nos protegerá?
As ruas escorrem, os seres escorrem. Um cão bondoso tem na cabeça a cicatriz de uma queimadura, protege-se debaixo das arcadas, já não do fogo mas da água.
Como se torma insignificante uma fonte debaixo de tanta chuva.
Esperam-se peixes nos cafés. Esperam-se relâmpagos e explosões de céu. Espera-se o mar no deserto.