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sexta-feira, outubro 31, 2003

Sylvia 

"Duas raparigas
Tão esvaziadas como ela, a murmurar «somos tuas filhas».
As quietas águas
Selam-me os lábios,

Olhos, o nariz e os ouvidos,
Celofane
Transparente que não posso rasgar.
De costas nuas

Sorrio, como um buda, todo eu
Necessidades e desejo
Saindo de mim como anéis
Que abraçam o próprio brilho.

A carpela
Da magnólia,
Inebriada pelos seus odores,
Não pede nada à vida"


Sylvia Plath

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