sábado, outubro 18, 2003
O MAÇON OPERATIVO DO SEC. XXI
Há um homem, numa pequena cidade dormitório, em Espanha, que há 40 anos constrói, pedra a pedra e absolutamente sozinho, uma catedral. Ele próprio afirma ter estudado a fundo a técnica dos construtores de catedrais da idade média e dos maçons do antigo Egipto.
Com a licença de Deus e sem nenhuma das entidades estatais, este homem simples e de aparência pobre, deu tudo o que tinha e o que não tinha para, dia após dia, poder continuar a sua catedral, sonhando um dia ver o fechar da flecha,
Admite-se que já tenha sido encontrada a “pedra-de-toque” que sustentará o edifício. Admite-se que aquela estranha estrutura possua de facto um segredo espiritual guardado sob o véu dos símbolos arquitectónicos. Admite-se que tudo não passe de loucura.
Que é loucura, não há dúvida. Que o edifício é um desafio à anormalidade da nossa normalidade, não há dúvida. Que esta catedral é um grito de Liberdade e Fraternidade, de dádiva, entrega e amor, não há dúvida. Ainda por cima é um homem igual a nós este pedreiro livre, que vai talhando a sua pedra ao sabor dos dias calmos de quem “ora et labora”. Não é arquitecto, mas trabalha à glória de uma arquitectura universal. Não é um deus, mas glorifica o trabalho como forma de aperfeiçoamento espiritual e moral.. É apenas um obreiro. Nada mais e lhe pode chamar. É um simples operário. É um operário!
Quando morrer não deve ser beatificado como Gaudi. Não se beatificam operários, maçons anónimos, apenas protegidos pelo esquadro e pelo compasso. Ainda bem.
A sua catedral não será classificada pela UNESCO. Não tem a marca menor do poder de estado. Ainda bem.
Será uma catedral erguida ao trabalho e ao sonho da edificação de um mundo de rigor e medida. Será pois património da humanidade. Símbolo do seu progresso.
Com a licença de Deus e sem nenhuma das entidades estatais, este homem simples e de aparência pobre, deu tudo o que tinha e o que não tinha para, dia após dia, poder continuar a sua catedral, sonhando um dia ver o fechar da flecha,
Admite-se que já tenha sido encontrada a “pedra-de-toque” que sustentará o edifício. Admite-se que aquela estranha estrutura possua de facto um segredo espiritual guardado sob o véu dos símbolos arquitectónicos. Admite-se que tudo não passe de loucura.
Que é loucura, não há dúvida. Que o edifício é um desafio à anormalidade da nossa normalidade, não há dúvida. Que esta catedral é um grito de Liberdade e Fraternidade, de dádiva, entrega e amor, não há dúvida. Ainda por cima é um homem igual a nós este pedreiro livre, que vai talhando a sua pedra ao sabor dos dias calmos de quem “ora et labora”. Não é arquitecto, mas trabalha à glória de uma arquitectura universal. Não é um deus, mas glorifica o trabalho como forma de aperfeiçoamento espiritual e moral.. É apenas um obreiro. Nada mais e lhe pode chamar. É um simples operário. É um operário!
Quando morrer não deve ser beatificado como Gaudi. Não se beatificam operários, maçons anónimos, apenas protegidos pelo esquadro e pelo compasso. Ainda bem.
A sua catedral não será classificada pela UNESCO. Não tem a marca menor do poder de estado. Ainda bem.
Será uma catedral erguida ao trabalho e ao sonho da edificação de um mundo de rigor e medida. Será pois património da humanidade. Símbolo do seu progresso.