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sábado, outubro 11, 2003

BLOCO DE ESQUERDA - PORTAS AGAIN AND AGAIN 

Pronto, deu-se.
O Miguel Portas é outra vez candidato pelo BE às Europeias.
Já tinha sido candidato ao Parlamento Europeu (ao Para Lamento Europeu); duas vezes ao Parlamento de Portugal (ao Para Lamento de Portugal) e até á Câmara Municipal de Lisboa.

Ou é por vontade de deus, como diz o fado da outra, ou é galo ou ou os eleitores não querem mesmo eleger aquele bacano para lado nenhum. É que das quatro vezes anteriores o homem não foi eleito.

Devo dizer que o que aqui me trás não é o próprio Miguel Portas, que conheço desde a minha infância e reconheço como um homem integro e sincero, disposto a arriscar o couro e o cabelo pelas coisas de que é convicto. Isto, claro está, dentro dos limites impostos à integridade e à sinceridade e até mesmo à convição, pela maneira de usar a política nos dias que correm. São os limites dos jogos, das estratégias e pior, das coisas pessoais.

Realmente o que aqui me trás é a constatação daquilo em que se tornou - como se esperava - o Bloco: Uma colecção de cromos que lentamente vai esgotando a sua diversidade, virando o disco para tocar o mesmo. Quem vê caras...

Aos poucos a direcção do BE matou as suas estruturas regionais, condicionou as seus quadros, tomou opções sem respeito pelas opiniões. Enfim foi gerindo as caras de meia duzia de pessoas conhecidas dos media, apoiando-se na capacidade política e interventiva de ainda menos Bloquistas, sobre tudo abrigou-se na pessoa e na qualidade pessoal do Francisco Louçã.

Durante muitos anos fui militante do PSR, membro do seu Comité Central, dirigente da estrutura regional do mesmo em Évora e fundador do Bloco de Esquerda. Acabei por me afastar, não por não me reconhecer no projecto político a que se haviam proposto essas estruturas, mas por pura e simplesmente não haver espaço de militância dentro delas. Tornaram-se estruturas de administração de candidaturas e de apoio parlamentar. Veja-se por exemplo o vazio da participação Bloquista neste distrito de Évora. Nunca tal se tinha passado nestes últimos 15 anos. Mas isto não interessa nada à direcção do Bloco, que hoje se sentará à volta de uma mesa para aprovar o que já está aprovado, a candidatura do Miguel Portas ao Parlamento Europeu.

A partir de agora toca-se a corneta para a reunião do rebanho e toca a agenciar debates e encontros e números de propaganda com o Portas, ou, se for preciso para encher auditórios, lá irá o Francisco.

A política segue dentro de momentos, mas seguramente noutro lado.

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