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segunda-feira, setembro 29, 2003

SOBRE A CULTURA EM ÉVORA

No plano cultural, agora que parecem ter ficado para trás as aberrações da gestão PC da Câmara de Évora, como o "Viva a Rua" ou aquela espécie de clube privado pago pelos contribuintes que foi a "Fábrica da Musica", é precisa uma coragem redobrada para repor integralmente a dignidade da autarquia neste campo. É precisa uma redobrada coragem politica porque o enfrentamento é sempre doloroso e os obstáculos gigantescos. Mas não há alternativa. É imprescindí­vel que se reforme com urgência o tecido cultural do concelho, começando por definir, pela primeira vez, um projecto politico nesta área, sensí­vel e arrojado. Para isso é urgente a criação de uma comissão de cultura, capaz de desenhar uma estratégia clara de intervenção. Nesta comissão têm de estar presentes de forma plural, os agentes culturais, autarcas e empresários. A comissão pode e deve ser um parceiro permanente da autarquia, não como um mero orgão consultivo (o que já não era pouco), mas como uma verdadeira assembleia de debate, democrática e representativa.

Algumas medidas tem que ser tomadas de uma vez por todas.

1- A nomeação de uma Direcção Artística, independente, para o Teatro Municipal Garcia de Resende. Se uma Câmara não tem competências especificas na área das artes do espectáculo, e a CME não tem, é preciso saber delegar em quem as tenha. Um equipamento com a importância do TMGR, (o mais importante equipamento cultural da cidade) não pode continuar abandonado à  falta de projecto, ao desperdício. É preciso restituir-lhe vida, abrir as portas daquele teatro, potenciar as suas qualidades e saber criar novas valências.

2- O mesmo se aplica ás Artes Plásticas. A confrangedora falta de ideias neste sector é inadmissível. A soma de eventos desgarrados, utilizando espaços sem planeamento, sem sequenciação, sem previsão de datas, sem critérios de escolha ou a "compra" de exposições - principalmente na área da fotografia - em detrimento de um investimento projectado, capaz de criar estruturas de continuidade, tem que parar.

&

3- E o Cinema!!!!!...................
4- E uma biblioteca!!!!............


Infelizmente são muitos os exemplos. Continuamos a colher os frutos podres das duas duas décadas de gestão CDU.

A questão é simples, apesar de complexa: ou o Senhor Presidente da CME, assume essa responsabilidade de construção, com a vontade que lhe é carterística, e aí estaremos a semear a nossa identidade cultural. Com sabedoria, com força e com beleza. Ou não, e então, naquilo que se refere à cultura, o seu mandato terá ficado muito longe do possível.

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